Quando Henri percebeu a loucura que Catarina estava prestes a cometer, deu um passo à frente para impedi-la. Mas, no mesmo instante, faróis cortaram a escuridão da estrada, chamando a atenção dos dois.
O ônibus que fazia o trajeto da capital até a vila se aproximava lentamente. Foi nesse momento que Catarina despertou de seu transe, voltando à realidade. Ela se afastou da mureta de proteção e caminhou até a beira da estrada, erguendo o braço em sinal para que o ônibus parasse.
De longe, o motorista estranhou a cena, pensando que poderia se tratar de um assalto. Mas, ao se aproximar, reconheceu o veículo do filho do patrão e reduziu a velocidade até parar.
Sem sequer olhar para Henri, Catarina se aproximou da porta. Quando o motorista a abriu, ela pediu com educação:
— Pode me levar de volta para a vila? É que ele esqueceu algo na capital e precisa voltar… — explicou, tentando soar convincente.
O homem a encarou por alguns segundos, ainda desconfiado, mas acabou apenas acenando com a c