A chegada aos Estados Unidos foi silenciosa. Depois de um voo cansativo, Saulo apenas quis encontrar o hotel e permitir que a filha descansasse. Ainda era difícil para ele entender o que se passava com Eloá. Desde que deixaram a casa dos avós, a menina parecia mais introspectiva do que nunca; não que isso fosse incomum antes das viagens longas, mas havia algo diferente agora. Ela sorria pouco, falava menos ainda. No fundo, ele suspeitava que algo havia ficado para trás, mas decidiu não forçar conversas. Cada um tinha seu tempo, pensou.
No dia seguinte, após o café da manhã no saguão do hotel, seguiram para a universidade. O campus era amplo, moderno, com prédios envidraçados que refletiam o céu azul de outono. De mochila nos ombros e olhos um pouco cansados, Eloá observava tudo ao redor com um misto de receio e encantamento.
Desceram do táxi, sendo recebidos por uma mulher simpática, de sorriso largo e cabelos presos em um coque despojado. Vestia jeans, tênis e um crachá pendurado no