Por mais que todos ali fossem pessoas educadas e extremamente gentis, tentando incluí-la nas conversas, oferecendo sorrisos e puxando assunto, nada parecia conseguir aquecer o vazio que se instalava dentro dela. Todos a tratavam como parte da família, mas a ausência de Henri gritava demais.
A cada minuto que ele não aparecia, o sentimento de não pertencimento crescia mais.
Ficava difícil ignorar o aperto no peito quando via que, vez ou outra, Aurora e Oliver trocavam olhares rápidos, quase imperceptíveis para quem não os conhecia… mas Catarina percebeu.
Pareciam preocupados ou escondendo alguma coisa.
Aquilo só piorava a sensação de que ela era a única ali que não sabia o que estava realmente acontecendo.
Após alguns minutos tentando se manter firme, ela sentiu que não conseguiria mais controlar a ansiedade. O coração batia rápido demais, e a garganta ardia como se ela tivesse engolido um nó enorme.
Disfarçando, pegou o celular dentro da bolsa e o escondeu parcialmente entre as mãos