Analu
Eu tava tentando seguir minha vida como se nada tivesse mudado. Como se o Cayo não tivesse bagunçado tudo com aqueles beijos, aqueles toques, aquele jeito dele de me olhar como se pudesse ver a Analu que eu escondo de todo mundo. Mas quem eu tava enganando? Cada vez que eu fechava os olhos, era ele que eu via. A cicatriz na sobrancelha, o sorriso torto, a voz rouca me chamando de "princesa".
Meu mundo perfeito — com lençóis de linho italiano, jantares beneficentes e o Humberto com suas camisas polo — parecia mais vazio do que nunca.
Eu queria ele.
O Cayo.
E isso me aterrorizava.
Na quarta-feira, enquanto eu tomava café da manhã na mesa de mármore da nossa casa, meu celular vibrou. Meu coração deu um pulo antes mesmo de eu ver o nome na tela. Era ele. A mensagem que eu tava esperando, mas que, ao mesmo tempo, me dava um frio na barriga.
📲 Cayo: E aí, princesa, gosta de rock? Esse fim de semana vai ter um show em um barzinho de uma banda local que eu tô curtindo e gostaria de