POV Aurora
As primeiras semanas na empresa de Leonardo foram… um caos controlado. Cada dia parecia uma missão impossível: eu tropeçava em cabos, confundia nomes de colegas e, em pelo menos duas ocasiões, derrubei café sobre relatórios importantes. Sim, a minha sorte estava testando minha paciência — e a paciência de todo mundo ao redor. Mas havia algo viciante naquele ritmo. Cada erro que eu cometia vinha acompanhado de uma pequena lição. Uma colega me ensinou a organizar planilhas como se estivesse arrumando uma biblioteca de livros raros; outro me mostrou como falar de números sem parecer que eu estava recitando uma receita de bolo. E, claro, Leonardo estava lá: silencioso, atento, sempre observando… sempre calculando. Uma vez, me perdi nos corredores da empresa tentando achar a sala de reuniões. Entrei por engano na sala de descanso e derrubei uma pilha de pastas como um efeito dominó. Meu rosto queimava de vergonha, mas, no