Emma narrando.
Ao deixarmos o aeroporto, o motorista seguiu pelas ruas movimentadas de Londres. Do banco traseiro da limusine, observei em silêncio a neve cair do lado de fora, cobrindo as calçadas, os telhados e os ombros apressados das pessoas que cruzavam as ruas com suas roupas de inverno, cachecóis e toucas de lã.
Era impossível não sentir o peito apertar de nostalgia. Tudo ali parecia congelado no tempo — como se a cidade tivesse esperado por mim.
Depois de algum tempo, a limusine parou em frente a um dos edifícios mais luxuosos de Londres. Já havia passado por ali inúmeras vezes, sempre admirando a fachada imponente, mas nunca imaginei que um dia colocaria os pés dentro daquele lugar.
Descemos do carro, e Thomas se virou para mim com um sorriso discreto:
— As malas já foram enviadas para os respectivos quartos — avisou, com o costumeiro tom prático.
Após um percurso interno por elevadores e corredores de mármore brilhante, finalmente chegamos à cobertura onde ficarí