𝐄𝐦𝐦𝐚 𝐍𝐚𝐫𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨
Dois dias depois.
Passava das duas da madrugada quando me levantei da cama de Thomas. Ele dormia tranquilamente, como se não fosse o mesmo homem que consegue me tirar do sério em menos de cinco minutos. Tinha até uma expressão angelical, o que me arrancou um breve revirar de olhos.
Balanço a cabeça, respiro fundo e sigo em silêncio até a porta do quarto. Em poucas horas, eu estaria dentro do jato da empresa, a caminho de um lugar que, muitos anos atrás, me fez tão bem quanto hoje me traz saudade.
Londres.
Tenho um carinho inexplicável por essa cidade. Pelas ruas, pelas pessoas, pelo clima, até pela neblina. Algo em Londres me fascina. É como se fosse um abrigo que nunca deixou de me pertencer. E, para ser honesta, Londres é minha segunda casa.
Morei lá por boa parte da minha infância e vivi toda a minha adolescência entre aqueles becos charmosos e internatos rigorosos. Estudei em um dos colégios internos mais renomados da Inglaterra — foi ali que conheci