A chuva caía fina quando Nicholas estacionou diante do prédio de Louise. O motor ainda ligado, as mãos cerradas no volante, o maxilar tenso. Ele tinha jurado que não voltaria. Jurado que iria esquecê-la — mas o coração, aquele traidor, pulsava com um nome que não sabia calar.
Louise.
Saiu do carro com passos firmes, como se a decisão fosse racional, quando, na verdade, era pura impulsividade. Subiu os degraus do prédio sem esperar o elevador. Cada batida dos sapatos contra o piso era um eco do próprio descontrole.
Quando ela abriu a porta, o choque foi imediato. Louise usava uma camiseta larga e o cabelo solto, e a surpresa em seu rosto logo deu lugar à confusão.
— Nicholas? O que está fazendo aqui a essa hora?
A voz dela era calma, mas os olhos… os olhos o desarmavam.
Ele respirou fundo. — Precisamos conversar.
Ela cruzou os braços. — Achei que não havia mais nada pra dizer.
Nicholas deu um passo à frente, o olhar firme. — Não tente me provocar, Louise.
Ela riu, sem humor. — Não esto