Sebastian
O carro freia diante da cafeteria, e meu peito aperta de um jeito que me faz sentir falta de ar. Bart e os seguranças descem comigo, todos atentos, mas é como se o barulho da rua desaparecesse. Só consigo pensar que Isadora esteve aqui. Que ela estava perto, ao alcance, e agora não está mais.
O gerente tenta nos despachar com respostas evasivas, alegando regras de privacidade, que só com mandado judicial… Eu quase perco a cabeça, mas me seguro. Não posso arriscar nada.
Pego o telefone, faço uma ligação rápida para um policial amigo de Eduardo, alguém em quem conseguir alguma coisa ali, e em menos de meia hora ele chega. A presença dele muda tudo. O gerente, contrariado, nos leva até a salinha abafada onde as câmeras de segurança transmitem as imagens em preto e branco.
— Aí — aponto para a tela, meu coração disparando. — Aí está ela.
Isadora aparece sentada em uma das mesas, com um café à frente, os cabelos soltos caindo sobre os ombros. O detalhe que me faz qua