Tentando descobrir uns podres... 
KESIA MUNIZ
 Então lembrei de ter pego uma m*****a camisa, que na hora da fuga acabou caindo do cabide e a segurei para tentar evitar ser pega.
 — Claro que não. — Neguei séria.
 — As roupas que mandei comprar não foram suficientes? — ele voltou a cruzar os braços e me analisar.
 — Como sabia meu tamanho exato? — perguntei curiosa.
 Ele sorriu cínico.
 — Eu sei de tudo. — Sorri cínica também.
 — Sabe o nome do alvo?
 Seu sorriso se desfez e o meu aumentou.
 — Questão de tempo. — Desconversou.
 — Seria capaz de matar uma pessoa? — a pergunta escapou dos meus lábios.
 Ele ergueu uma sobrancelha e sorriu. Não um sorriso normal, um meio sombrio, esquisito. Seus olhos vagaram para um ponto fixo na parede
 como se tivesse lembranças.
 Será que ele já matou alguém?
 — Você saberá. — Dito isso, ele me deu as costas.
 — Pode ficar coma camisa se quiser. — E entrou no closet fechando a porta na minha cara.
 Filho da puta.
 Me xinguei mentalmente por ter ido logo no quarto dele. Podia simplesm