O inimigo amigo.
FELLIPO MESSINA
”Cuidado, o inimigo fingi ser seu amigo” palavras do meu pai com sentido real.
Acordei com meu celular tocando no criado mudo. Estiquei-me um pouco, com cuidado para não acordar minha mulher.
Eram sete da manhã.
— Alô?
— Senhor Messina?
— Não, é o papa seu idiota. — Resmunguei.
Segurei o celular com uma mão e a outra deixei passear pela costa nua da Kesia que dormia profundamente com a cabeça em meu peito, e as pernas enroscadas nas minhas.
— Senhor, ontem a noite descobri algo importante sobre a sede no Brasil. — Era Igor, hacker que me ajudou a rastrear minha garota.
Mesmo depois de matar o Carlos, o homem que foi apontado como o ladrão, os roubos ainda aconteciam.
— Tem provas? — perguntei calmo.
— Sim. Irei enviar tudo para seu e-mail.
Desliguei o aparelho.Acho que matei a pessoa errada.
Permaneci mais um tempo deitado, e resolvi levantar. Fiz isso com cuidado, mas ainda a acordou.
— Onde você vai? — quis saber com a voz sonolenta.
Peg