KESIA MUNIZ
Com o susto de ouvir a voz dele tão perto, escorreguei o dedo no gatilho e errei o alvo.
Virei furiosa para encara-lo.
— Me fez errar! — resmunguei.
Ele deu de ombros, notei que me encarava muito sério, parecia estar com raiva.
— O que está fazendo aqui em baixo? — ele perguntou alto.
— Que lugar é esse? O que esses caras estão fazendo aqui? E essas armas? — ignorei a pergunta dele e fiz as minhas próprias.
— Isso não é da sua conta curiosa dos infernos. — Ele praticamente rosnou. — Aqui é a minha casa.
— Mas eu posso contar para polícia tudo que tem aqui! Isso com certeza é ilegal. E...
Ele me segurou pelo braço com força e antes que eu pudesse agir, puxou a arma da minha mão.
Me debati, tentando sair do seu alcance. O que não foi possível devida a força que segurava com uma mão só.
— O que estão olhando seus ratos? — ele gritou fazendo eco no galpão. — Vão embora. Acabou por hoje.
Os homens que haviam parado para olhar o showzinho de graça, ficara