Nova York amanhecia de mau humor. O céu estava acinzentado, pesado, e um vento cortante fazia as árvores balançarem lá embaixo, bem longe da cobertura de vidro e mármore onde o mundo parecia girar num ritmo diferente, mais lento, mais elegante, mais… perigoso.
Dentro da cobertura, porém, o frio da cidade não tinha a menor chance. Ainda havia calor nas paredes. Não o calor da calefação, mas o calor que permanecia no corpo, na pele, na mente… nas memórias da noite anterior.
Evan Alexander Médici, dono de metade de Manhattan (e da sanidade de muita gente), estava de pé diante do notebook. Vestia apenas uma calça social preta de alfaiataria, caída perfeitamente sobre seus quadris. O torso nu exibia o desenho da fênix tatua