Por alguns segundos, o silêncio tomou conta da conexão, mas não era um silêncio vazio. Era aquele tipo de silêncio que carregava tensão, eletricidade, promessas não ditas e pecados prestes a serem cometidos.
Perséfone cruzou as pernas lentamente, de forma calculada, e Matteo percebeu que cada movimento dela parecia ser ensaiado para provocar, para instigar, para desarmar qualquer defesa que ele tentasse erguer.
Ela sabia exatamente o que estava fazendo.
— Está desconfortável, Matteo? — perguntou, deslizando a ponta do dedo pelo próprio colo até a curva do seio, onde a renda preta apertava sua pele clara.
Ele sorriu, mordendo o lábio inferior.
— Definitivamente, não. — Passou a mão pela barba, ajeitando-se na cadeira. — Mas você gosta de bancar a dominadora, não é?
Ela inclinou o queixo, os olhos verdes brilhando com diversão e perversão.
— Não… — respondeu, mordendo o próprio lábio, depois passando lentamente a língua sobre ele. — Eu não gosto. Eu sou. — Deslizou o polegar pela curva