O salão vibrava em tons de âmbar e dourado, música ambiente preenchendo os espaços entre risos educados e brindes de cristal. Mas Irina não ouvia nada. Estava ali, parada junto ao vitral central, completamente alheia ao brilho do evento.
O vestido vinho abraçava seu corpo com perfeição, justo na cintura, fluido nos quadris, revelando pelas costas nuas a fragilidade da mulher que tentava parecer inteira. O olhar fixo no jardim do lado de fora parecia buscar uma saída, um esconderijo, talvez um lugar onde o coração não doesse tanto.
Ela sentiu quando ele se aproximou.
Antes mesmo de ouvir seus passos. Antes de notar sua sombra. Sentiu. Como se o corpo dela reconhecesse o dele antes da mente permitir.
Evan.
Ela não