Paulina era uma jovem rica, mas por desejar ter uma vida fora dos padrões da sociedade em que vivia, decide mudar de vida, se candidatando a um emprego de babá, tendo como experiência apenas os serviços voluntários que prestava nos orfanatos. Ficou surpresa ao conseguir a vaga e pensou em permanecer no emprego por pouco tempo, até pôr suas ideias em ordem, mas o que ela não esperava era permanecer naquele emprego por anos e como consequência, se apaixonar pelo pai da pequena Eduarda. Erick, um solteiro convicto, ao descobrir ter uma filha fica radiante por ser tudo o que sempre sonhou, mas que pensava ser improvável, por acreditar que toda criança merecia crescer em família. Ao assumir a guarda da criança, pede que Paulina continue sendo a babá, mas ele não esperava que ela fosse uma verdadeira mãe para a sua filha, e isso o fez tomar uma decisão, o fazendo dar adeus aos seus dias de solteiro.
Ler maisPaulina estava se arrumando para uma entrevista de emprego, iria concorrer a uma vaga de babá. Babá, ela sorri com essa possibilidade, em nenhum do seus devaneios pensou em tal coisa, mas ali estava elá decidida a conseguir aquela vaga, sabendo ser uma oportunidade única, soube da vaga através de uma amiga, que havia ligado para ela perguntando se conhecia alguém para indicar como babá, visto que, Paulina conhecia muitas pessoas que trabalhavam com crianças. Ao questionar sobre a vaga, viu ali uma oportunidade de por o seu plano em prática e deixar definitivamente Paulina Albuquerque para trás.
Depois de descobrir as informações que queria, não foi dificil enviar um currículo e depois disso, foi só torcer para ser chamada e assim aconteceu. Paulina quase soltou fogos de tão feliz que ficou ao receber uma ligação avisando sobre o dia e o horário da entrevista. Saiu de casa disposta a dar o seu melhor para ser aprovada, apenas não diria a sua qualificação, não queria que alguém a questionasse por querer ser babá. No currículo colocou apenas alguns cursos que lhe ajudaria a ter um diferencial, afinal, cuidar de filhos de pessoas ricas não bastava apenas saber cuidar de criança, tinha que ter algo a mais, disso ela sabia bem. Sua formação podia ser de excelência, mas estava precisando fazer algo que ninguém esperasse que fizesse, e assim faria. Paulina sabia que lidar com crianças era uma ótima terapia, dessa forma ela uniria o útil ao agradável, pois, para ela, lidar com crianças era encontrar a paz. Paulina sorri ao pensar no trabalho que fazia com as crianças como voluntária, era um trabalho prazeroso, o qual lhe enchia de satisfação, mesmo que ao chegar em casa fosse criticada e recrimidada por se dedicar a algo que gostava. Ao chegar no endereço, foi recebida por uma senhora que se apresentou como a avó paterna da criança. Seria ela a escolher a pessoa que cuidaria de sua neta, pois a mãe da criança não tinha experiência suficiente para fazer tal coisa, isso fez Paulina estranhar tal atitude, principalmente ao saber que o filho da tal senhora não vivia maritalmente com a mãe da criança e por não estar ali, era nítido que não havia interesse, por parte dele, de conhecer a pessoa que cuidaria de sua filha. Entre uma fala e outra, Paulina foi capaz de perceber que a situação era delicada, pois, a criança era fruto de um relacionamento às escondidas, e isso iria requerer dela mais que ser babá, uma vez que Eduarda, era uma recém nascida e cresceria em meio a conflitos familiares. — Qual a sua experiência como babá? — Na verdade, eu nunca trabalhei como babá no sentido da palavra, o que eu sempre fiz foi trabalhar como voluntária em orfanatos, mas no momento eu preciso de um emprego. — E você acha mesmo que conseguirá cuidar de uma recém nascida? Como lhe disse antes, eu preciso de alguém com experiência para ajudar a mãe da bebê. Sofia não tem experiência nenhuma, é a primeira filha dela e ela está em pânico, com medo de não conseguir cuidar da própria filha — A senhora solta o ar como se estivesse cansada — Seria ótimo se ela pudesse morar aqui em casa, mas infelizmente o meu filho não permite, e eu não quero problemas com ele. — A senhora não precisa se preocupar, eu tenho bastante experiências com bebês. Tenho pessoas que poderão confirmar o que estou dizendo, é necessário apenas que ligue para os lugares, os quais coloquei como referência, e assim saberá que sei lidar com crianças de todas as idades. — Irei fazer isso. Confesso que gostei da sua postura, gosto de pessoas assim que não recuam diante de um obstáculo — A mulher se põe de pé dando sinal de que a entrevista havia terminado — Se você for a escolhida, entrarei em contato. Paulina agradece e vai embora se sentindo confiante, mesmo ciente de que as referências podiam colocar tudo a perder, já que ela nunca cuidou de nenhum recém nascido sozinha, sempre era na companhia das funcionárias do local, mesmo assim, ela sabia que conseguiria se sair bem. Para a sua surpresa, não demorou para receber uma ligação avisando que havia sido a pessoa escolhida para ser a babá, era necessário apenas que ela levasse os documentos no endereço que lhe foi passado. Ao encerrar a ligação sorriu feliz, por saber que a partir dali teria uma nova vida, livre de pessoas a criticando e tentando moldar o seu comportamento. No dia seguinte, ela precisou se apresentar no endereço onde iria trabalhar e residir, já que precisaria dormir no emprego, quanto a isso não foi problema, já que ela estava hospedada em um hotel. Ao chegar no endereço ficou surpresa, pois apesar da casa ser muito bonita, estava longe de ser do mesmo nível da casa dos avós da criança, mas ao conhecer Sofia, a mãe da criança, descobriu que, o que faltava na casa, sobrava nela no sentido de querer demonstrar ser mais do que era na verdade. — Bom dia senhora. Me chamo... — Já sei, já sei quem você é. A minha sogra me disse que você viria — A maneira arrogante com que Sofia a recebeu a fez pensar se estava fazendo a coisa certa, havia mesmo necessidade de trabalhar como babá? Paulina olha para a bebezinha que dormia no sofá e o seu coração se aquece, sim pelo menos por um tempo ela cuidaria daquele ser inocente.Eduarda estava em seu quarto com a mãe e com a irmã Isabella. — Mamãe, me ajuda a escolher a minha roupa — Eduarda pede aflita, com várias roupas sobre a cama — Quero estar muito bonita nesse evento. — Você já é bonita, é impossível ficar mais — Isabella comenta, ela não havia nascido com os olhos verdes do pai apenas os seus cabelos eram negros e espessos como os dele. Soltos criavam ondas que emolduravam o seu bonito rosto, ela se parecia com a mãe. Quanto a Eduarda, parecia ter ficado ainda mais bonita depois de adulta, os seus cabelos loiros, longos e ondulados, e os seus olhos verdes como duas esmeraldas, chamava a atenção de qualquer um, tamanha a sua beleza. Arthur era a cópia do pai, até a estatura, mesmo ainda estando na adolescência, já era mais alto do que muitos jovens da sua idade. — Obrigada irmãzinha, mas acredito que eu posso ficar mais bonita — Comenta rindo, colocando um vestido a frente do seu corpo. — Lembre-se você escreve para crianças, por isso é melh
PASSAGEM DO TEMPO Aos vinte e dois anos Eduarda havia se tornado uma escritora de livros infantis, desde quando ganhou o concurso literário na escola, decidiu ser escritora e conseguiu realizar o seu sonho de menina. Começou a escrever contando primeiro as histórias que o pai lhe contava, isso foi por querer homenagear o pai, por isso o título do seu primeiro livro foi Histórias contadas por meu querido papai. Com a ajuda do avô o livro havia sido impresso e quando ela presenteou o pai o fez se emocionar, pelas lembranças que aquele livro lhe trouxera. Não havia como ele não se recordar de quando as inventou, Eduarda sendo uma criança de cinco anos, acreditava nas histórias que ele lhe contava e isso o fazia ver a inocência de uma criança, o fazendo amar a cada dia mais a sua filha. Erick ao ver o talento da filha, decidiu patrocina-la e para surpresa de todos, o livro foi sucesso em venda, esgotando todos na primeira tiragem. A única história que não estava inclusa no primeiro l
Eduarda parecia ansiosa para contar o tal segredo ao avô e depois de olhar para os lados, como se fosse para ver se alguém os escutava, ela sussurra com medo de mais alguém escutar. — Estou escrevendo um livro para o papai. — E seu pai ainda não sabe? — João pergunta, também olhando a sua volta de forma engraçada. — Não, vovô — Ela sorri com o jeito que o avô pergunta é olha para os lados — Eu vou contar quando estiver todo pronto.— Faça isso, eu tenho certeza que o deixará muito feliz. O avô a abraça, vendo e ouvindo o carinho que ela demonstrava ao falar do pai, assim como pelas histórias criadas por ele. — Esse será o nosso segredo, mas agora eu quero ser o primeiro a saber quando estiver finalizado. — Eu prometo vovô, o senhor será o primeiro a saber. Para Paulina a mudança dos pais foi uma surpresa que a deixou muito feliz, além de ter os pais por perto, tinha a mãe que lhe ajudava com os seus menores, já que Eduarda já era totalmente independente, e sempre quando ela
Sandra se tornou a melhor amiga de Martina. Martina era aquela que a visitava apenas para tomarem um café juntas e passarem uma tarde agradável conversando sobre assuntos banais. Algumas vezes Sandra dizia para ela encontrar um companheiro, mas ela apenas ria, dizendo não sentir falta de um homem ao seu lado pois, era feliz com a vida que tinha, e pretendia continuar sendo feliz com a família que Deus tinha dado a ela, mas Sandra acreditava que ela um dia encontraria uma pessoa especial como ela encontrou. — Um dia você encontrará alguém que lhe faça sorrir pensando nele – Sandra dizia a amiga. — Acho muito difícil isso acontecer, já estou muito velha para sonhar com um príncipe encantado. — Sei que um dia me contará empolgada que encontrou um grande amor. — Vamos fazer assim, se isso acontecer, você será a primeiro a saber, mas só irei te contar quando realmente houver a possibilidade de eu me envolver — Assim Martina havia lhe dito, nitidamente achando pouco provável disso acont
Martina estava em uma viagem, era a primeira viagem de cruzeiro que ela fazia, foi um presente de Erick e Paulina por ser um sonho que ela tinha, mas pensou que não realizaria. Ela estava fazendo a viagem sozinha, mas isso não foi motivo para ela dizer estar se sentindo só no navio pois, havia feito amizade e estava se divertindo mais do que havia imaginado. Já estava há alguns dias longe de casa e sentia saudade de suas crianças, que a chamavam de vovó, a enchendo de alegria. Paulina, para ela, era a mãe que toda a criança merecia ter, atenciosa, carinhosa e que educava os seus filhos para se tornarem pessoas boas e responsáveis. Conseguia dar conta de tudo, mesmo sem babá, e Martina as vezes se perguntava como ela conseguia, e o mais importante, Paulina nunca demonstrava cansaço ou má vontade, tudo que fazia, fazia com satisfação, monstrando o quanto era feliz em sua tarefa de ser mãe. Quanto a Erick ela não havia se enganado, ele era o pai que sabia falar sério, que conseguia
Gonçalo encerra a ligação e volta a se sentar, pensando em como seria aguentar mais uma gravidez de Giulia, com seus choros incessantes, seus desejos estranhos e sua carência permanente. E ainda tinham Eleonora que lhes sugava as energias e o deixava esgotado com suas manias e birras. Soltando o ar desanimado ele volta fazer o que estava fazsndo antes, o melhor era mergulhar no trabalho Sempre quis ter filhos, mas para ele Eleonora já era o suficiente, nunca teve o sonho de ter um filho homem para ser o seu sucessor, ele acreditava que sendo homem ou mulher, seria capaz de assumir o seu lugar no futuro, bastava estar preparado para isso. Ele pensa em Paulina, com o seu jeito manso e calmo de ser, lhe provou que a mulher é as vezes mais forte que o homem e muito mais determinada. Ela havia lhe mostrado isso, alcançando o que sempre desejou, e mesmo com três filhos continuava sendo uma mulher independente e empoderada, tinha o seu próprio consultório e continuava fazendo as suas obra
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