O bar estava quase vazio naquela tarde preguiçosa em Boston. O teto era decorado com lâmpadas âmbar penduradas por fios longos, lançando uma luz morna sobre as mesas de madeira escura. O som suave de jazz preenchia o ambiente com uma melancolia confortável, quase como se o mundo lá fora tivesse deixado de existir. As cortinas pesadas deixavam passar apenas um fiapo de sol, o suficiente para lembrar que a cidade continuava viva, mesmo que, dentro daquele bar, o tempo parecesse suspenso.

Evan Médici entrou devagar, com o semblante sério, os olhos escuros cansados e a postura de quem não dormia há dias. Usava uma camisa preta com dois botões abertos no colarinho e uma calça social escura. Mesmo exalando charme e poder, havia algo diferente naquela tarde. Um peso nos ombros. Um desalento que nenhuma postura rígida conseguiria esconder.

Pablo já estava lá, encostado no balcão, tomando um uísque com gelo. Matteo apareceu minutos depois, mais casual, camisa branca dobrada nos cotovelos e jea