Mais tarde, as coisas foram se acalmando. Melinda não saía do meu lado. A mão dela continuava colada na minha, como se qualquer descuido nos separasse.
Nos sentamos em um dos corredores, no chão mesmo, encostadas na parede. Ainda estávamos sujas, com os cabelos desgrenhados, os rostos marcados… mas vivas.
Briana: Você acha que acabou mesmo? — perguntei, olhando pro teto alto.
Melinda: Eu acho que o pior passou — ela respondeu, apertando meus dedos. — E agora… a gente vai ficar bem. Juntas.
Olhei pra ela. A luz amarelada da lâmpada deixava seu rosto com sombras suaves. Eu nunca tinha sentido por ninguém o que sentia por Melinda. Era mais que amor — era sobrevivência. Um amor nascido da dor, mas que floresceu como um jardim num campo de guerra.
Briana: Promete que nunca mais vai se separar de mim? — sussurrei.
Melinda: Nunca mais — ela respondeu, firme, os olhos presos nos meus. — Se tentarem, eu luto. Eu morro. Mas não deixo. Sorri, mesmo com o gosto da tristeza ainda na ga