Sentei na cama, puxando o cobertor até o colo. O quarto ainda tinha o perfume de lavanda que Amber deixara na noite anterior. Aquele lugar era... seguro. Não como uma prisão com grades e muros. Mas como um lar. Um abrigo. Um recomeço.
Levantei devagar e fui até a janela. O jardim estava úmido de orvalho, com flores que dançavam com o vento. Havia borboletas — e, por um segundo, me lembrei de mim mesma, criança, correndo atrás delas no jardim da antiga mansão. Quanta coisa ficou pelo caminho...
Melinda: Você tá acordada? — ouvi a voz rouca da mesma atrás de mim.
Briana: Estou. — virei sorrindo. Ela se espreguiçou, os olhos ainda semi-abertos.
Melinda: É estranho... acordar assim. Em silêncio. Sem medo.
Briana: É estranho, mas bom — falei, voltando pra cama e me sentando ao lado dela. — A gente sobreviveu, Mel. A gente conseguiu.
Ela segurou minha mão, e ficou me olhando com aquele jeito que só ela tinha — como se o mundo inteiro pudesse explodir lá fora, mas enquanto eu es