Francine sentia o coração batendo tão forte que parecia querer romper as costelas.
A revelação ecoava na mente, embaralhando tudo: Dorian era o olheiro.
O homem que ela tinha desejado impressionar… o homem que tinha desejado ela de volta.
O pânico e o alívio se misturavam numa confusão que a deixava sem ar.
Parte dela queria recuar, encontrar um canto seguro para processar tudo. Mas outra, mais forte, mais teimosa, queria se perder ali mesmo, nos braços dele.
E antes que pudesse pesar as consequências, ela percebeu que já estava inclinando o rosto para cima, pronta para encontrar os lábios que a dominavam sem sequer tocá-la.
Os olhos de Dorian eram como um ímã, e Francine não tinha forças nem vontade para resistir.
Ele não se moveu de imediato, como se saboreasse a rendição silenciosa dela, mantendo-a suspensa num fio de expectativa que a fazia arder por dentro.
Quando finalmente se inclinou, o toque dos lábios dele não foi suave nem apressado, foi exato, como se tivesse calculad