Francine prendeu o ar.
Sim, era o convite. O maldito convite.
Mas o que mais a desconcertava não era ele ter descoberto. Era o modo como a fazia se sentir, como se estivesse presa entre os limites da culpa e da vontade insana de não sair dali nunca mais.
Francine olhou para o envelope como se nunca o tivesse visto antes.
— O que é isso? — perguntou, forçando uma expressão de inocência que nem ela mesma compraria.
Dorian soltou uma risada baixa, como se achasse divertido o teatrinho dela.
— Algo que com certeza você quer — respondeu, arrastando as palavras. — Já que invadiu meu escritório pra encontrar.
Ela virou o rosto lentamente, encarando-o com o máximo de firmeza que conseguiu reunir.
— Como você tem tanta certeza disso? Tem câmeras no seu escritório?
Ele sorriu com um canto da boca, aproximando o rosto ainda mais.
— Não preciso de câmeras, Francine. Eu te leio como se fosse um livro.
A resposta a desarmou. O sangue subiu ao rosto dela, e o calor do corpo del