O sol mal começava a desenhar tons dourados nas cortinas do hotel quando um grito atravessou o quarto:
— BOM DIA, NOIVINHA DO ANO!
Francine soltou um resmungo abafado, puxando o travesseiro sobre a cabeça.
Mas era tarde demais.
Malu já estava em cima da cama, pulando como uma criança em dia de Natal.
— Chegou o grande dia! — anunciou, entre risadas. — Bora, bora, bora que a gente tem um cronograma digno de missão impossível!
Francine ergueu o travesseiro e o usou como escudo.
— Amiga, o casamento é só no fim da tarde… temos o dia inteirinho pra eu viver o auge da senhorita Morais: cama confortável, vista maravilhosa e...
— ... e nada! — Malu interrompeu, arremessando outro travesseiro que acertou Francine em cheio. — Hoje não tem preguiça! Você tem unha, cabelo, maquiagem, spa e o caramba a quatro pra fazer.
Francine suspirou, se rendendo, e se sentou na cama, o cabelo uma bagunça encantadora e o rosto amassado de sono.
— Tá bom, tá bom. Me dá cinco minutos pra acordar… ou dez, vai.
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