O salão reservado para degustação ficava em um casarão antigo às margens do Sena, com janelas altas e cortinas de linho que dançavam com o vento.
A mesa à frente delas parecia uma exposição de arte: pequenos pratos decorados com flores comestíveis, porções minúsculas de massas, molhos coloridos, terrines, queijos e sobremesas tão delicadas que pareciam joias.
Malu olhou para tudo aquilo com um misto de encanto e espanto.
— Me diz que isso não é a refeição inteira — murmurou, cutucando com o garfo um pedaço de salmão do tamanho de uma moeda.
Francine, rindo, acenou para o chef que as observava atentamente.
— É o estilo francês, Malu. Pequenas porções, sabores delicados, tudo com elegância.
— Elegância? Isso aqui é tortura gourmet! — Malu retrucou, levando o garfo à boca. — Se o casamento durar mais de uma hora, o povo vai atacar o bolo antes da cerimônia acabar.
Francine gargalhou.
— Ah, para! Tá tudo delicioso. Esse molho de trufas é divino.
— É divino, mas não enche. — Malu pegou o p