Dorian saiu do escritório com o maxilar rígido, ainda sentindo o peso das últimas palavras do pai.
O som da porta se fechando atrás dele ecoou como um lembrete de que nada havia terminado, apenas mudado de tom.
Ao atravessar o corredor, ouviu vozes vindas da sala de visitas.
Eleonor e Francine estavam sentadas uma de frente para a outra, envoltas num diálogo que parecia educado demais para ser confortável.
O pai, Oscar, já observava de pé, com as mãos nos bolsos e a expressão neutra de quem acompanhava tudo em silêncio calculado.
Assim que Dorian entrou, o olhar de Francine o encontrou e bastou um segundo para ele entender.
O sorriso contido, os ombros tensos, o olhar ligeiramente cansado.
Ela tinha resistido.
Eleonor, por outro lado, levantou-se com a graça ensaiada de quem sabe dominar qualquer ambiente.
— Denise já providenciou um quarto para nós — anunciou ela, como se nada tivesse acontecido. — Vamos nos acomodar e descemos assim que o jantar estiver pronto.
Oscar apenas acenou,