Francine manteve os olhos fixos nos dele por um instante longo demais.
A tensão entre ambos era quase palpável.
No fim, um sorriso enviesado escapou antes que conseguisse conter.
— Está bem, Dorian… você venceu — disse, com aquela pontada de ironia que o fazia perder a postura. — Mas não pense que vou facilitar as coisas para você.
Dorian a fitou como se o mundo inteiro tivesse desaparecido.
Pela primeira vez em muito tempo, um sorriso completo e sincero iluminou seu rosto, fazendo o coração de Francine tropeçar uma batida.
— Não preciso que facilite. Só preciso que caminhe comigo. Está na hora de colocar em prática todo o plano que tracei nesses dois meses.
Antes que ela pudesse perguntar o que ele queria dizer, ele segurou a mão dela com firmeza, os dedos entrelaçando os dela de forma natural, e a guiou para fora da pista de dança.
Francine sentiu um arrepio atravessar-lhe o corpo enquanto seguia com ele, entre os olhares atentos dos convidados, sem saber onde ele a estava levando.