Francine mantinha o ritmo da corrida ao lado de Adele, sentindo o ar fresco da tarde invadir os pulmões e despertar cada fibra do corpo.
Quando passaram por um grupo de rapazes concentrados em exercícios de calistenia, Francine não pôde evitar o pensamento imediato em Dorian.
A postura ereta, a intensidade dos movimentos, a disciplina estampada naqueles rostos, tudo lhe trazia à mente a figura dele.
O coração apertou de leve, e ela sacudiu a cabeça como quem tenta espantar uma lembrança inconveniente.
— Vou aumentar o ritmo um pouco — disse, forçando um sorriso para disfarçar.
Adele riu, ajeitando a faixa que prendia o cabelo grisalho.
— Não há necessidade disso, chérie. Você se esquece que eu não sou mais uma jovenzinha como você. Se acelerar demais, vou ficar para trás.
A observação arrancou de Francine uma gargalhada sincera, daquelas que desarmavam qualquer tensão.
As duas continuaram correndo lado a lado, rindo do exagero, sem perceber que acabavam de passar por D