O silêncio pesado que dominou a sala logo foi quebrado por um burburinho contido.
Os conselheiros trocaram olhares entre si, alguns inclinando-se para o colega ao lado para cochichar, outros apenas arregalando os olhos diante da ousadia da frase recém-proferida por Dorian.
A tensão vibrava no ar, como se o espaço entre aquelas quatro paredes fosse pequeno demais para conter o confronto que estava prestes a acontecer.
Natan ajeitou o paletó com a calma ensaiada de quem se recusa a perder o controle diante do inimigo.
Forçou um sorriso cínico, tentando recuperar a autoridade que escorregava de suas mãos:
— Quem é você pra falar comigo assim dentro da MINHA empresa? — a ênfase na palavra saiu carregada de arrogância, como se fosse um lembrete a todos na sala de que ele ainda se via como o único dono do lugar.
Alguns conselheiros desviaram o olhar, desconfortáveis; outros se remexeram em suas cadeiras, ansiosos pelo desfecho.
A secretária, que permanecia próxima à porta com uma prancheta