A cada flash, a cada olhar da plateia, ela se fortalecia.
A dor dos sapatos apertados se transformava em combustível para manter-se ereta, determinada.
Seus ombros não vacilaram, seu sorriso discreto permaneceu no ponto certo entre sofisticação e mistério.
Do outro lado, observando, Chloé quase não acreditava.
A armadilha que havia preparado com tanto cuidado estava se desfazendo diante dos olhos de todos.
Não importava o quanto o salto esmagasse os pés de Francine, o que se via na passarela era uma profissional que parecia feita para estar ali.
Quando deixou a passarela, sob aplausos calorosos, Francine finalmente soltou o ar que prendia.
Os pés latejavam, mas a sensação de vitória era muito maior.
Havia provado não apenas ao público, mas a si mesma, que era capaz de enfrentar qualquer obstáculo, até mesmo aqueles preparados por quem mais desejava vê-la cair.
E, no canto, Chloé mordia a própria língua para não deixar escapar o ódio.
Se antes já queria destruir Francine,