Cássio riu, nervoso e divertido ao mesmo tempo.
— Não acredito, você já tinha até pensado nisso, não é? Você é um psicopata funcional, Dorian.
O canto da boca do CEO se curvou em um sorriso mínimo.
— Prefiro “planejador eficiente”.
Ele se levantou com a calma de sempre e caminhou até a janela de vidro, onde a cidade se estendia como um tabuleiro iluminado, repleto de peças que só ele sabia mover.
— Prepare um laranja — ordenou, sem desviar o olhar. — Quero alguém limpo, sem ligação com o grupo. Ele vai comprar a parte do André e, quando a poeira baixar… eu assumo como sócio majoritário.
Cássio arregalou os olhos, o riso escapando quase em choque.
— Isso vai arrancar o couro do Natan. Ele nem imagina.
Dorian ajeitou com precisão o punho da camisa, o gesto meticuloso de alguém que nunca deixava uma ponta solta.
— É esse o objetivo.
Mais tarde, em uma sala de reuniões discreta, as paredes forradas com painéis de madeira abafavam até a respiração dos presentes.
Doi