A segunda-feira começou cedo, e Dorian saiu da cozinha e atravessou o corredor em silêncio, ainda com a imagem de Francine acesa no fundo dos olhos.
Malu havia mostrado a ele uma foto que Francine havia enviado, onde ela aparecia meio distraída, como se tivesse sido pega de surpresa.
Tão linda quanto ele se lembrava.
Pegou o paletó da cadeira do hall, ajustou a gravata com um gesto automático.
Foi quando Denise surgiu da ala de serviço com a prancheta de sempre, os óculos escorregando na ponta do nariz.
Parou diante dele como fazia desde que ele era adolescente: firme, discreta, eficiente.
— Senhor Dorian, uma coisa rápida antes do senhor sair — disse, folheando as anotações. — Os jardineiros perguntaram se o senhor prefere a poda das árvores ainda esta semana. E as roseiras do canteiro central… mantemos ou trocamos pelas novas mudas que chegaram?
Ele demorou um segundo para responder, como se a mente precisasse voltar do lugar onde tinha ficado.
Passou os dedos nos botões da