O celular de Natan tremeu de novo.
As mensagens chegavam sem parar, uma atrás da outra. Desta vez, uma mensagem do jurídico:
“Liminar improvável. Material legítimo. Danos de imagem em curso.”
Em seguida chegou outra, da assessoria:
“Canais pedem posicionamento. Não fique em silêncio.”
Ele apertou o botão lateral com força demais, como se pudesse esmagar as vozes.
— Isso é coisa dela — murmurou, começando a andar de um lado pro outro, como um predador enjaulado. — Ela me provocou, ela montou isso, ela deve estar aqui, por perto, rindo. Essa… — ele parou, a respiração acelerada — eu vou revirar essa cidade de cabeça pra baixo. Eu vou achar a Francine e…
— E vai fazer o quê? — André interrompeu, o olhar duro, quase com pena. — Vai provar que o vídeo estava certo? Natan, por Deus. Senta. Respira.
Natan sentou só no corpo, a cabeça não obedeceu. Uma náusea subiu com o gosto da humilhação.
As cenas do restaurante, do copo no vidro, do segurança impassível… tudo latejav