A manhã seguinte trouxe consigo o aroma familiar de café fresco e o burburinho constante da cafeteria.
Francine ajeitava as bandejas, servia mesas e sorria para clientes habituais, mas sua mente estava longe dali.
As palavras de Adele ainda ecoavam, insistentes, como se tivessem plantado raízes.
Enquanto limpava uma mesa próxima à vitrine, seus olhos pousaram em um casal que ria despreocupado, dividindo uma fatia de bolo.
Logo ao lado, outro casal discutia baixinho sobre qual filme assistir mais tarde, mas sem perder o tom de intimidade.
A cena se repetia em diferentes formas pela cafeteria inteira, e Francine se perguntou se realmente tinha feito bem em abandonar tudo de forma tão abrupta.
"Ele errou comigo… mas será que eu não errei também?" – pensou, ajeitando os talheres sem perceber que repetia o gesto três vezes no mesmo lugar.
Ela balançou a cabeça, tentando afastar a dúvida.
Paris era sua chance.
Ali estava a agência indicada por Olivier, uma oportunidade