Julia Davenport
Minha noite foi péssima. Revirei durante todo o tempo em que fechei os olhos, por que a imagem daquele homem havia se impregnado na minha cabeça como uma infestação de insetos insuportáveis e ensurdecedores. Perdi as contas de quantos banhos precisei para lidar com o fato de que estava a dois quartos de distância do homem por quem fui apaixonada toda a minha vida e não podia toca-lo.
Sem falar que ele pertencia a outra agora...
Não que fizesse diferença, porque como eu poderia perdoa-lo?
E como se a situação não fosse ridícula o bastante, sequer havia levado roupas limpas por que não esperava ter que dormir na casa do meu ex namorado. Então, não usava algo além de uma camisa que o idiota me emprestou depois de insinuar pela milésima vez na noite que sou burra. Dormir sentindo o cheiro dele foi a pior parte, e me obrigou a estar ciente de que meu corpo nu tocava a mesma superfície que o dele também já tocou.
Eu sei, está lavada. Mas não quis me ater a esse detalhe.
Me d