A cidade esquecida parecia ter sido arrancada do tempo. Nenhum mapa a registrava, nenhum satélite a enxergava. Entre construções de pedra cobertas por musgo e silêncio, o grupo avançava com cautela — Miguel, Valéria, Léo, Mateo, Arthur e Elisa, que agora caminhava com passos firmes, guiada por uma memória que não era só sua.
— Aqui começou o véu — sussurrou ela, tocando um arco esculpido com runas apagadas. — Onde a realidade foi dobrada pela dor e selada pelo sacrifício.
As ruas estavam vazias, mas impregnadas de ecos. Murmúrios nos cantos, sombras que desapareciam quando encaradas. Miguel sentia o peso do lugar pressionando o peito, como se os próprios tijolos sussurrassem lembranças.
No centro da cidade, encontraram um santuário em ruínas. Pinturas desbotadas nas paredes mostravam figuras cercadas por auras — três delas conhecidas: Miguel, Arthur e uma figura sem rosto. A quarta.
— Esse... é o quarto portador? — murmurou Léo, tocando a imagem.
— Não sabíamos que ele existia — disse