O som do interfone ecoou pela casa, quebrando o silêncio. Meu corpo enrijeceu e um arrepio gelado percorreu minha espinha. Durante todos os dias em que estive aqui, isso nunca aconteceu. Meu coração martelava contra o peito, e uma onda de apreensão tomou conta de mim.
De repente, o som não era mais do interfone, alguém batia a porta. Engoli em seco e me dirigir até a sala, meus passos hesitantes. A ansiedade se espalhava pelo meu corpo como um veneno corrosivo, cada batida soando como um aviso.
Eu não sabia quem estava do outro lado, mas algo dentro de mim sussurrava que aquela visita inesperada não trazia boas notícias. A batida soou mais alta agora, diria até que impaciente.
— Eu sei que você está aí dentro. Consigo escutar as batidas de seu coração humano, como um bate de asas de um beija-flor, acelerado. Por que você não abre a porta? — Aquela voz era de uma mulher, mas não de uma que eu conheça.
— Quem é você? — Perguntei, hesitante.
— Uma grande conhecida do Mathias. — Ela respo