MAYA
Sozinha naquele quarto, eu me perguntava como Mathias não conseguia se ver como eu o enxergava. Para mim, ele era um fascínio constante — o perigo envolto em mistério, a excitação misturada com desejo.
Tudo nele era avassalador, um convite silencioso ao pecado. E por um momento, analisando dessa maneira, eu poderia estar louca. Mas loucamente apaixonada por ele.
Fechei os olhos e respirei fundo, tentando acalmar o turbilhão dentro de mim. A imagem dele surgia em minha mente sem esforço… os traços angulosos, a presença intensa que me envolvia sempre que estava por perto.
Ele dizia ser um monstro, mas eu não conseguia acreditar nisso. Para mim, Mathias era algo além do que ele próprio enxergava. As lembranças da forma como seus olhos me fitavam, como se lutasse contra algo dentro de si, provocava um arrepio em minha pele.
Não era medo que eu sentia, mas sim uma atração incontrolável, como se minha alma reconhecesse algo na dele. Passei os dedos pelos lábios, lembrando do beijo. O d