MATHIAS
Senti o estômago revirar antes mesmo de avistar minha casa. O cheiro metálico e denso do sangue podia ser sentido à distância com meu olfato apurado, meus extintos alertando-me de que algo havia acontecido. Meu coração disparou e minha mente gritava um único nome — Maya.
Assim que aterrissei no quintal com Alaíde, meus olhos percorreram o cenário devastador. O jardim, antes bem cuidado, estava irreconhecível. As flores estavam esmagadas, como se algo as tivesse pisoteado brutalmente.
A cerca de madeira, quebrada em vários pontos, pendia como um aviso sombrio. As janelas da casa estavam todas estilhaçadas, e dentro do ambiente havia peças que faziam parte do quintal. Espreguiçadeiras de metal foram arrancadas e jogadas com uma força descomunal contra as janelas.
Corri até a porta da cozinha, um frio cortante percorrendo minha espinha. Com um empurrão violento, a porta se abriu, batendo contra a parede. Meus olhos percorreram o interior. Não havia sinais de luta dentro da casa,