Pisei no andar do marketing, cumprimentei a recepcionista e fui direto para minha mesa, Orion, e Raica não estavam nas suas, deixei minhas coisas ali e corri para a copa, café era a minha maior necessidade. Enchi uma xícara, sentei-me numa mesa escondida no canto e, antes de sorver o líquido fumegante, uma voz virou meu rosto rápido demais:
— Bom dia!
Meus olhos de trena, mensuraram descarados o homem perfeito que parecia ter saído de uma capa de revista. Como ele conseguia ser tão lindo pela manhã? Puta que pariu! Suspirei, engoli a baba e cobicei como uma cadela a composição escorada no armário a alguns passos de mim — terno azul escuro, camisa branca sem gravata, cabelos com seu penteado único, sorriso safado e o olhar devorando a minha alma —, bebi um gole do café, talvez assim tivesse força para respondê-lo.
— Aurora?
— Bom dia, David. Estou distraída e envergonhada… e… cheia de trabalho — gaguejei, ridícula, trêmula. — Melhor eu finalizar isso aqui