— O que faz aí parado? — Ellen perguntou assim que entrou.
— Olhando um pouco para São Paulo, só isso. — A presença da Ellen não impediu que eu continuasse a apreciar a imagem.
A vista era belíssima, uma visão geral da metrópole paulistana, além do fato das recordações, estreei essa sala com chave de ouro. Se a Aurora soubesse como aquela noite mudou minha direção — pelo sexo, pela pele, pelo perfume, pela garota — por um conjunto de fatores.
Criei uma cultura própria, sempre fui fascinado por experimentar, explorar, simplesmente viver. Trabalhar com criação possibilitou conhecer o mundo, culturas, crenças, mulheres, por onde passei experimentei ao máximo. Talvez esse fosse o ponto, estava tentado, incessantemente vidrado em experimentar as sensações proporcionadas com a Aurora. Praticamente domado com cada descoberta.
O chão se abriu quando Valéria anunciou minha agenda, melhor dizendo, proclamou minha partida. A linda garota não disfarçou o olhar triste