De longe, a alguns passos, com todos os músculos do meu corpo tensionado, observei seu porte, Nicholas trajava uma estrutura destruída, rosto caído sustentado pelas suas mãos fechadas na nuca e cotovelos beirando os joelhos, botas inquietas batendo no assoalho, uma versão perturbadora de se ver. Doutor Almeida não era conhecedor das causas do acidente, Nicholas sim. Sua voz estremeceu ao me dar a notícia. Então, torcia do fundo do meu coração que meu irmão reunisse os mais coerentes motivos para me explicar e evitar sua morte.
Pedi para que John permanecesse na entrada, meu coração sangrava, meus olhos mal conseguiam guiar meu corpo, apesar disso fui sozinho até ele.
— Nicholas, fale pelo amor de Deus, fale! — Digamos que não era um clamor era uma sentença mortal, dolorosa, agonizante.
— Foi um acidente... eu juro, um maldito acidente