— Nem pensar, a senhora vai repousar. — Acomodei a dona encrenca nos travesseiros. — Marcos dá conta do salão, nada de trabalho nos próximos dias, ouviu que o médico assanhado disse, né?
Minha piada não superou sua percepção.
— Andou chorando, Aurora?
Segurei seu pulso e ela soltou meu maxilar.
— Claro que não! — Fui até seu banheiro. — É o fuso horário, meus olhos estão cansados.
— Me engana que eu gosto — resmungou, mas não prosseguiu, estava cansada demais para iniciar um interrogatório.
— Mãe, durma, vou preparar um caldo e depois dormir de conchinha com a senhora, preciso matar a saudade. — Liguei o abajur e escorei a porta. Marcos logo apareceu no meu campo de visão, semblante abatido ao revisar algumas folhas. — O cheiro desse apartamento me faz f