— Estou bem, Aurora, pode ir… — digo e completo o caminho. — Eu prometo que vou ficar bem.
Ela anda suave na minha direção e escora na bancada.
— Você esteve comigo em todos os momentos, acha mesmo que vou sair daqui antes que esteja bem? — Ela desvia para o meu cabelo fazendo uma careta hilária. — Fora que ainda não terminei com essa juba.
— Você é teimosa pra caralho, nem tenho forças para brigar contigo. Pensa em ir ao mercado?
Estica os lábios em linha reta, seu olhar avaliativo zomba dos armários vazios.
— Sim, não tem nada nesse armário que não seja suplementos, precisamos de comida.
— O Renan estava firme na academia, tudo isso é dele. Ou era.
Merda!
Seguro o choro que rompe tudo.
— Certo. — Aurora gruda meu braço e me arrasta para o sofá. — Não demoro, vou comprar um monte de guloseimas. — Beija meu cabelo, pega a bolsa e bate a porta.
Desfaço-me no estofado.
Deus, tudo nesse apartamento lembra meu irmão.
Seu perfume impregna cada canto do lugar, a sensação de que a qualquer i