— Munhoz passou por mim minutos antes de ir para o estacionamento, disse que ia zoar com duas bichinhas. Eu podia ter impedido, não acha? — Ele solta uma risada sádica, não se mexe, permanece me encarando à espera da minha reação.
Mal consigo respirar, meu corpo se dilui em fúria, dor, uma onda violenta comprime cada músculo, espreme meu corpo como se quisesse me enterrar viva na terra. As lágrimas gélidas despencam como gotas de dor.
— Desgraçado… — Um fio de voz expressa o revés que soca meu peito. — Desgraçado! — Dou um passo que pesa mil toneladas, o segundo praticamente desorienta meu corpo e o seguinte me posiciona diante da face rabiscada de coisa ruim. — Então sempre soube quem matou meu irmão?
Ele move o maxilar como se mastigasse as palavras, sentisse o gosto ácido da confissão.
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