À direita aciono próximo a uma caixa antiga de correio usada somente como decoração, o difusor de luz, deito o solavanco e um universo de lâmpadas é aceso. Os olhos de Raica crescem gradativamente, brilham com os reflexos, se os vaga-lumes a impressionaram, essa iluminação a deixa de queixo caído. Não foi minha intenção iluminar cada canto desse lugar, a antiga proprietária é a responsável. Quando fechei negócio não removi uma lâmpada sequer, pode parecer bobagem, mas o ambiente iluminado me livrou de me afogar na escuridão que sugava minha alma.
— Isso é… é… não tenho palavras para descrever… — Ela dá um giro de 360° capturando tudo que pode.
— É seu?
— É.
Bate palminhas e curva a boca de jeito engraçado.
— Olha, ser