— O que estamos fazendo, jogando? Quando eu atingir uma quantidade absurda de pontos, você me concede um prêmio? — ironizo.
— Não curto jogos, Nicholas.
— Eu curto, é divertido e excitante.
Pego minha taça com água e umedeço a boca.
— As redes sociais, principalmente o twitter estão bem tóxicos, não?
— Evita, as pessoas são maldosas e falam o que quer nessas merdas.
— Eu vi, até falaram que sou seu novo brinquedinho. — Balanço a cabeça. — Uma outra disse que aproveitei a morte do meu irmão para dar para você e garantir um anel. Fora as frases racistas que essas nem perco meu tempo.
— Não perca mesmo, direcione sua energia ao que te faz feliz. — Ele devia seguir esse conselho. — Aliás… — Trava com o garfo próximo à boca, seus olhos de águia fixam no anelar. — Cadê o anel?
— Vou colocar, não se preocupe.
— É necessário. Volta a comer. Faço o mesmo. Silêncio.
Somente ruídos de garfos e respiração soam perceptíveis.
— Amanhã tenho um dia cheio e uma rápida viagem para o Rio de Janeiro, Ga