Umedeço os lábios, encaixando as mãos na cintura.
— Jamais ameaçaria uma mulher que pode a qualquer momento pegar uma faca de cozinha e cravar no meu peito.
— Não brinquei sobre isso. É meu sonho matar esses desgraçados que arrancaram o meu coração e o enterraram em um cemitério.
Prendo seu queixo entre dois dedos.
— Compartilhamos do mesmo sonho, garanto. — Trago um pouquinho mais seu rosto. — Porém… — Meus olhos caem para os lábios molhadinhos, perco o raciocínio por alguns segundos instigado com a boca carnuda, retenho a vontade e volto para os olhos afrontosos. — Viu o que são capazes de fazer com pessoas, então, não podemos vacilar com sua segurança. Não vou pedir uma terceira vez, venha comigo ou sem remorso abalo o casamento do ano numa ligação para a Aurora.