Pode parecer um pensamento derrotista achar que não há nada para nos invejarem, mas todos os membros da família Moonroe, sem exceção, são: lindos, inteligentes e poderosos.
Ashina apesar de ser uma pessoa detestável era deslumbrante com 1,70 de altura, cabelo loiro na altura do ombro, olhos pretos que quando te olhavam pareciam por si só uma ameaça, ela estava sempre com a aparência impecável, assim como seu irmão gêmeo Luan, que mais parecia um Deus grego do que uma pessoa, ele era lindo de morrer com 1,87 de altura, seus cabelos eram negros que brilhavam quando o sol batia, seus olhos verdes hipnotizantes e seu rosto era dono de feições delicadas, mas ao mesmo tempo muito masculinas, ele era reservado e respeitoso com todos, uma característica que se destacava se comparado com sua irmã gêmea arrogante, eu e Chand ficávamos em transe quando o víamos no colégio, ele iniciou o curso de Negócios nessa mesma universidade, apesar de aulas diferentes com toda certeza encontraremos com ele nos corredores e no intervalo.
Ayla Monroe com 19 anos é um ano mais velha que seus irmãos gêmeos, também lindíssima, seus cabelos loiros vão até a metade das costas e seus olhos são negros iguais aos da Ashina, porém ela tem uma personalidade adorável, sempre nos tratou com muito carinho e apesar de ser um ano mais velha, ela reprovou o primeiro ano do ensino médio, então todos estávamos no mesmo colégio no ensino médio, não diria que somos melhores amigas como eu e o Chand, mas sim, somos amigas e conversávamos ocasionalmente durante o intervalo, pois não estávamos na mesma sala, ela também está na mesma universidade e passou para o curso de Finanças.
O primogênito dos Moonroe, o Alfa governante de nossa Matilha Luz Cinérea, Lucian Moonroe, agora com 23 anos assumiu a matilha aos 18 anos quando seu pai faleceu em uma das invasões de renegados. Lucian é um homem com uma presença dominante e imponente, ele é tão lindo quanto todos os Monroe, alto com 1,90 de estatura, olhos negros e cabelos castanho-claro, muito forte, dizem que o lobo dele é enorme e assustador.
A família Moonroe em sua maioria tem classificação Alfa, apenas Ayla e a Sra. Amaris Moonroe tem classificação Beta, Amaris, nossa ex luna da matilha que saiu do posto quando ficou viúva e mãe dos irmãos Moonroe é muito bonita, loira de olhos verdes e muito elegante, o falecido Alfa o Sr. Licaón Moonroe e o Alfa Lucian eram idênticos, a única diferença é que seus cabelos eram negros enquanto os de Lucian são castanhos-claro.
Passamos pelas primeiras aulas, quando chegou o intervalo, eu e Chand entramos em modo sobrevivência em busca de um local onde pudéssemos ficar longe das “panelinhas” assustadoras da Hala e da Ashima, acabamos encontrando um canto nos fundos da universidade, onde se localizavam as quadras de basquete.
Durante todo o ensino médio passávamos todos os intervalos no canto superior da pequena arquibancada de cinco degraus da única quadra de basquete do colégio, só que aqui são quatro quadras de basquete e ao invés de arquibancadas, na lateral esquerda das quadras tem o muro dos fundos da universidade com muitos arbustos, o que é perfeito, enquanto for calor, porque aqui na ULC as quadras são externas.
Sentamos no chão, tínhamos comprado um copo de café e um sanduíche para cada, na verdade, eu não estava com fome, mas no nosso novo esconderijo, sentados e ainda deslocados, começamos a comer, quando olho para a quadra mais próxima de nós, vejo ninguém menos que Luan Moonroe e seu amigo Natsuki Yan, pronto, ele é o sonho de consumo do Chand, durante todos os intervalos nos últimos três anos do colégio Chand suspirava toda vez que Natsuki aparecia.
Mas o mais divertido era quando eles jogavam basquete durante o intervalo, o Natsuki tirava a camisa e Chand quase desmaiava e no auge de sua paquera, ele soltava uma frase de efeito, e sempre era uma melhor que a outra, tipo: - Jesus me abane, porque me deixas sentir esse calor. E no outro dia: - Jesus me chicoteie, me puna por estar cedendo a essa tentação carnal. Em outro dia: - Jesus apague a Luz para me impedir de olhar a plenitude desse macho sem camisa. E assim todo dia eu gargalhava com as blasfêmias que as paqueras do Chand rendiam enquanto ele devorava o corpo do Natsuki com os olhos.
Natsuki é um mestiço asiático de pele clara, olhos negros em formato de amêndoas, seus cabelos longos sempre estão presos em um coque estilo samurai, ele é realmente bonito, mas na minha opinião, não se compara a beleza do Luan, que nunca nos deu a honra de tirar sua camisa depois do jogo, porém, mesmo completamente vestido conseguíamos ter um vislumbre de seu porte atlético, ele é o dono do bumbum mais cobiçado por todas as garotas e claro por Chand também, que nunca mediu esforços elogiando essa parte do corpo de Luan em meus ouvidos, confesso que eu me divertia muito com todas as bobagens que Chand falava.
Sentados em nosso novo canto dos excluídos, parece que realmente não mudou nada, e quando acho que pelo menos Natsuki vai manter a camisa em seu corpo nesse novo ambiente, assim que acaba o jogo, não somente ele tira a camisa, mas mais quatro membros do time improvisado fazem o mesmo.Nessa hora, Chand me dá um tapa no braço e fala: “Socorro!!! Jesus me bata na cara com a tabua dos dez mandamentos, para que esse seu irmão pare de cometer o pecado da cobiça!”.Nesse momento, não consigo aguentar e caio na gargalhada que chego a ficar sem ar, foi demais para o Chand ver cinco machos esculturais sem camisa, eu o entendo do fundo do coração, mas se eu tivesse a tal da tabua dos dez mandamentos, eu mesma batia na cara dele com ela.Claro que depois que dei a risada escandalosa nosso esconderijo foi revelado e vi os seis homens encarando nós dois, e mesmo assim eu não conseguia controlar o riso, o Luan olhou para mim sem entender o que era engraçado, sai do canto pedindo desculpas e explica
Chand passa a primeira aula me encarando querendo saber por que o príncipe Moonroe, que é como ele se refere ao Luan, estava cheio de cuidados comigo.Nunca contei ao Chand que quando minha mãe foi para a Matilha Lunação fazer o tratamento de câncer ela me deixou na casa da matilha aos cuidados da Sra. Amaris Moonroe, meu irmão já morava lá e a Sra. Amaris por incrível que pareça era amiga da minha mãe, eu estava com dezesseis anos e meus pais ficaram preocupados em me deixar sozinha em casa.A Sra. Amaris insistiu que eu ficasse lá, o Luan e a Ayla eram quem conversavam comigo, às vezes fazíamos os deveres de casa ou estudávamos juntos. Consegui ficar apenas alguns dias lá, porque a Ashina começou a me perturbar tanto que não me sentia bem em ficar morando com eles.Pedi para a Sra. Amaris me deixar voltar para minha casa, ela fazia o Luan me levar algumas refeições e pediu para ligar para ela ou para o Luan caso eu precisasse de algo, meu irmão comprava mantimentos e eu mesma fazia
* POV de Luan *Sempre que vejo a Kathryn, sinto uma vontade avassaladora de abraçá-la, se me perguntassem o porquê, diria que é porque tenho sentimentos profundos por ela, mas não é só sentimentos de amor e paixão, é como se algo mais forte me fizesse querer protegê-la de tudo, ela desperta em mim sentimentos que não consigo entender e isso não parece tão simples em só dizer que estou apaixonado por ela, mesmo sendo essa a verdade inegável, eu sou apaixonado por ela desde os meus quatorze anos, quando a vi no colégio pela primeira vez não conseguia desviar meus olhos dela, e não é só porque ela é linda, tudo nela me deixava em profunda admiração, a voz dela é doce, ela sempre era gentil e amigável com todos, mas o sorriso dela, nossa, o sorriso dela é algo indescritível e me deixa sempre em êxtase.Sempre que estou perto dela sinto seu leve cheiro de morango e chocolate, antes pensava que ela usava um perfume com esse aroma, mas descobri que ela não usa perfume nenhum, claro eu disfa
Quando tínhamos dezesseis anos, a tia Selene teve que partir para a matilha Lunação para fazer tratamento contra o câncer, pedi para a Ayla falar com a nossa mãe para a Kathryn ficar conosco, não conseguia parar de pensar em como ela estava se sentindo triste e desamparada com toda essa situação, não queria que ela ficasse sozinha na casa dela.Minha mãe pediu para tia Selene deixá-la conosco durante o tratamento, que ela estaria bem alimentada e ela dormiria no quarto da Ayla para ela não ficar se sentindo sozinha. Tia Selene concordou e trouxe a Kathryn para a casa da matilha antes de partir.Nunca vou esquecer a dor nos olhos da Kathryn quando ela viu o carro de seus pais partindo, era uma angústia palpável, queria abraçá-la com força e tirar toda a dor dela. Ela ficou pouco mais de uma semana em nossa casa, consegui me aproximar dela aos poucos. Sempre chamava a Ayla e ela para estudarmos juntos na biblioteca e sentava o mais próximo que podia dela. Sentia como se eu estivesse no
Voltamos com as compras, ajudei a descarregar e levar para dentro da casa, foi a primeira vez que entrei na casa da Kathryn, a casa era realmente encantadora e muito bem decorada, a sala de estar tinha uma lareira grande com a televisão fixada nela, um sofá cinza grande, era conceito aberto, olhando de frente víamos a ilha e a cozinha, atrás da cozinha portas francesas que levavam ao quintal e a direita uma escada que levava ao segundo piso.Guardamos as compramos nos armários e na geladeira, consegui conhecer os gostos dela enquanto comprávamos os mantimentos.Olhei ao redor, mas a Katryn não estava em lugar nenhum, assim que acomodamos todas as compras, Lyall me chamou: “Venha conhecer o segundo andar”. Subi atrás dele e ele foi me explicando: “Aquele primeiro quarto é o meu, mas já quase não fico aqui, esse de frente as escadas são dos meus pais”, ele seguiu pelo corredor e disse “Esse é o quarto daquela coisinha chata” se referindo a Kathryn, ele abriu a porta, mas ela não estava
Depois de algumas semanas a tia Selene faleceu, minha família toda foi ao funeral, quando vi o estado da Kathryn não consegui conter as lagrimas, ela estava pálida, com o rosto encharcado de lagrimas olhando para o caixão de sua mãe sem emitir nenhum som, seu olhar estava tão perdido como se tivessem roubado sua alma, não consegui suportar ver o sofrimento dela, a abracei tão profundamente, afundando a cabeça dela no meu peito, passei o outro braço segurando toda a extensão de suas costas com força e disse: “Kathryn, eu sinto muito, eu sinto muito mesmo”.Ela levantou a cabeça do meu peito, me olhou com tanta dor em meio a lágrimas e me disse: “Tudo que me restou da minha mãe agora são nossas lembranças, nós tínhamos tantos planos e muitas coisas que combinamos de fazer e agora acabou, eu nunca mais vou ouvir a voz dela, nunca mais vou ouvir sua risada, nunca mais vou compartilhar meus dias com ela, nós nunca mais vamos cantar juntas e conversar sobre nossas músicas favoritas, acabou,
Assim que saí da escola naquele dia, fui até a loja, revelei todas as fotos que tiramos juntos, duplicadas, sendo uma cópia para mim e outra para a Katrhryn.No outro dia, cheguei mais cedo na escola e fiquei esperando por ela no portão de entrada, assim que ela chegou, a puxei para o canto ao lado do portão e entreguei o envelope com as fotos que tinha revelado e sem a menor vergonha na cara, falei:“Coloca pelo menos uma foto de nós dois juntos no mural do seu quarto, tá bom?”.A Kathryn me olhou sem entender e com cara de espanto, disse: “Como você sabe do mural de fotos do meu quarto?”.Dei um sorriso largo para ela e respondi: “Esqueceu que fui até sua casa com seu irmão levar os mantimentos para você? Fui com seu irmão até seu quarto para te procurar, você não estava lá, mas vi seu mural de fotos e você não tinha nenhuma foto comigo, achei injusto da sua parte, então resolvi te dar nossas fotos, se até minha irmã pode estar no seu mural, porque eu não estaria nele”.Ela assentiu
Na manhã seguinte a Ayla me acordou bem cedo, e disse que passaríamos na padaria antes de irmos à escola, ela ia comprar uma caixa com seis cup cakes de chocolate, coberto com chantilly e morangos, ela disse que eram os preferidos da Katrhryn, coloquei a caixa com a pulseira dentro da minha mochila e fomos até a padaria, pegamos os cup cakes e seguimos para a escola.Na hora do intervalo, como de costume, Chand e Kathryn sentaram no canto deles na arquibancada, tirei a pulseira da caixa, devolvi a caixa vazia na mochila e fiquei com a pulseira na mão, sabia que a Kathryn não aceitaria um presente, mas o jeito que eu entregaria ela não ia recusar.Aguardei a Ayla chegar no ginásio junto com o Natsuki, assim que eles apareceram, fomos até a arquibancada nos juntar ao Chand e a Kathryn.A Ayla nem deixou a Kathryn abrir a boca, e já foi falando: “Não estamos comemorando nada, só vim aqui dividir essa caixa de cup cakes com vocês”.Assim que a Ayla terminou de falar, me aproximei, peguei