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4 - Corre que dá tempo

Sentados em nosso novo canto dos excluídos, parece que realmente não mudou nada, e quando acho que pelo menos Natsuki vai manter a camisa em seu corpo nesse novo ambiente, assim que acaba o jogo, não somente ele tira a camisa, mas mais quatro membros do time improvisado fazem o mesmo.

Nessa hora, Chand me dá um tapa no braço e fala: “Socorro!!! Jesus me bata na cara com a tabua dos dez mandamentos, para que esse seu irmão pare de cometer o pecado da cobiça!”.

Nesse momento, não consigo aguentar e caio na gargalhada que chego a ficar sem ar, foi demais para o Chand ver cinco machos esculturais sem camisa, eu o entendo do fundo do coração, mas se eu tivesse a tal da tabua dos dez mandamentos, eu mesma batia na cara dele com ela.

Claro que depois que dei a risada escandalosa nosso esconderijo foi revelado e vi os seis homens encarando nós dois, e mesmo assim eu não conseguia controlar o riso, o Luan olhou para mim sem entender o que era engraçado, sai do canto pedindo desculpas e explicando que eu não estava rindo deles, mas que meu amigo era muito engraçado, sai puxando um Chand que não conseguia nem disfarçar e nem desviar o olhar em cima dos cinco machos sem camisa.

Assim que acabou nossa última aula do dia, nós decidimos almoçar em casa, era melhor evitar encontrar grupos que depreciavam os ômegas, tínhamos certeza que nossa classificação chamaria atenção de mais grupos em uma universidade tão grande como a ULC, fomos para minha casa e passamos a tarde limpando minha casa e depois assistimos um filme.

Papai chegou e fez o jantar com nossa ajuda, à mãe de Chand trouxe roupas para ele pernoitar em casa, depois que meu irmão se mudou de casa meu pai sempre deixava o Chand ficar aqui, ele sabia das preferências do Chand e não precisava ter nenhum instinto bobo de proteção com ele em relação a mim, mas também porque ele fazia meu pai rir muito com suas palhaçadas.

Meu irmão Lyall é o beta líder, ou seja, é o segundo em comando no governo da matilha, trabalhando como braço direito do Alfa Lucian, Faz três anos que ele mora na casa da matilha, vindo visitar algumas vezes na semana durante o jantar.

Meu irmão encontrou sua companheira há seis meses. Bari tem a mesma idade que ele vinte e dois anos, e foi bem emocionante ver o meu irmão completamente entregue ao vínculo de companheiros que os lobos possuem, sempre acontece após os dezoito anos, quando o lobo atinge certa maturidade e maioridade, assim que completamos dezoito anos podemos encontrar nossos companheiros destinados, porém, tem pessoas que demoram mais tempo, pois seus companheiros destinados podem morar em outras matilhas ou podem demorar a se conhecerem, mas assim que companheiros cruzam os olhares eles sabem que estão destinados e também se reconhecem pelo cheiro, que para seu companheiro o cheiro é um aroma viciante.

Eu só completo dezoito anos daqui a cinco meses, mas para falar a verdade, apesar de nunca ter namorado, não estou com pressa de encontrar meu companheiro, meu objetivo agora é estudar e realizar meu sonho de ser estilista.

Acordamos nessa manhã sem meu alarme animado, Chand colocou um bip bem baixinho e desligou assim que tocou, me puxou pelos braços para me arrancar da cama, corremos para nos aprontarmos, tomarmos café da manhã e fomos pegar o ônibus.

Chegamos na universidade e em meio as conversas obscenas do Chand tropeço na Hala Lorrant, já me preparando para todos os insultos possíveis, pedi desculpas e aguardei a enxurrada de absurdos que viriam, mas não veio, Hala disse:

“Tudo bem Kathryn, não foi nada de mais”. Olho para o Chand que está chocado e de olhos arregalados, ele não resiste e solta: “Corra! Certeza de que a Hala está possuída por alguma entidade benevolente, corre que dá tempo de fugir até a entidade sair dela”.

Em meio ao choque de ver Hala pela primeira vez sendo educada, vejo com quem ela está conversando e automaticamente entendo seu surto de benevolência, claro ela está ao lado do Luan e não vai mostrar sua podridão para ele.

Também não resisto à rara oportunidade que se apresenta e aproveito para cutucar a Hala: “Tem razão Chand, vamos sair agora, precinto que dentro de segundos nós dois estaremos em sérios problemas”.

Dito isso, virei às costas para sair quando sinto meu pulso sendo segurado, penso é agora que ela vai começar as humilhações, mas quando viro para ver o que me aguarda, quem está segurando meu pulso é o Luan, fico surpresa olhando para ele, pensando será que ele vai me ofender pelo que falei para a Hala?

Mas, ao invés disso, ele me pergunta: “Kathryn você está chateada comigo?”.

Essa manhã está sendo bem estranha, porque o Luan acharia que eu estou chateada, fico olhando para ele sem entender a pergunta, e ele continua: “Eu te magoei Kathryn?”.

É quando o Chand me dá um tapa no ombro que saio do transe em que me encontro, e respondo: “Por que você está me perguntando isso Luan?”.

Sinceramente, não sei de onde ele tirou isso, mas ele continua: “Você não fala comigo, quando me vê só faz um aceno com a cabeça, se eu te fiz alguma coisa, pode me contar, por favor”.

Continuo sem entender o que quer que ele esteja falando, mas ao olhar para o rosto da Hala é melhor eu sair daqui com urgência, o rosto dela está vermelho e ela está me metralhando com os olhos, respondo rapidamente: "Luan, sinto muito se te passei essa impressão, mal nos vimos ontem e você estava com seus amigos, não me leve a mal, foi só falta de tempo mesmo, agora preciso ir para aula, até mais”.

Saio puxando o Chand antes de irritar mais ainda uma Hala já furiosa.

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