Eu observava Mariana enquanto ela se movia pelo apartamento, a luz tênue iluminando seus traços que, para mim, nunca deixavam de ser interessantes — aqueles olhos brilhantes, o cabelo levemente bagunçado, os lábios que já tinham me enlouquecido mais vezes do que eu podia contar. Ela estava ali, fingindo uma vulnerabilidade que era ao mesmo tempo um convite e uma arma, e eu sabia exatamente o quanto isso poderia ser usado a meu favor.
Ela se aproximou devagar, dando aquele sorriso meio tímido que eu tanto adorava provocar.
— Daniel... — sussurrou, aproximando o rosto do meu, os olhos faiscando de uma mistura de medo e desejo.
Eu sorri, seguro, e a puxei para mais perto, colando nossos corpos. Sentir o calor dela junto ao meu sempre me deixava em vantagem. Ela era minha peça, e eu sabia disso. Naquele jogo, eu comandava as regras.
— Você sabe que essa história de gravidez falsa é perfeita, né? — disse, a voz baixa e rouca, quase uma carícia contra a pele dela. — Se você realmente conseg