O relógio na parede marcava pouco mais de sete da noite quando Camila e Gabriel se acomodaram no sofá da sala do apartamento dele. A luz suave das luminárias deixava o ambiente aconchegante. Camila estava aninhada nos braços dele, sentindo finalmente um momento de paz depois de semanas tão turbulentas.
— Você acha que estamos mesmo seguros agora? — ela perguntou, quebrando o silêncio.
— Por enquanto sim. Mas o Daniel não é o tipo de cara que recua fácil — respondeu Gabriel, acariciando levemente o cabelo dela. — Por isso é importante estarmos unidos.
Antes que Camila pudesse responder, o celular vibrou. Era uma ligação de Bruna.
— É a Bru — avisou ela, sentando-se. — Alô?
Do outro lado da linha, a voz de Bruna estava trêmula.
— Cami… desculpa ligar agora, mas... a gente precisa conversar. Aconteceu uma coisa horrível.
— Calma, respira. O que foi?
— Chegou uma carta aqui em casa. Do Daniel. Ele mandou pra mim e pro Caio. Foi cruel, sujo… — a voz dela falhou. — Eu contei pra ele. Contei